sexta-feira, 10 de junho de 2011

A Mente de Wellington Menezes , o assassino do Realengo .


 Dois meses se passaram, mas o massacre de 7 de abril que deixou 12 mortos e pelo menos 30 feridos ficará eternizado na mente de cada cidadão brasileiro.
 Mas o que aconteceu na mente desse assassino? O que levou este homem a comentar tal crueldade ? Por que justamente naquele colégio? E qual seria sua verdadeira intenção ?
São perguntas que são respondidas apenas por especulações, a verdade total foi enterrada juntamente com o cadáver desse homem considerado o maior sociopata do Brasil.
Segundo familiares Wellington sofria de distúrbios mentais e sofreu Bullying durante toda sua infância e adolescência .Ele foi adotado por sua tia materna e desde os sete anos tomava remédios controlados , especula-se também que ele foi diagnosticado com Esquizofrenia . Aos 13 à 14 anos , idade que coincide com a das vitimas , ele parou de tomar os remédios. Seu irmão adotivo A. de 44 anos afirma que nesse período sua ''esquisitice'' só aumentou e que ele se tornou obcecado pela bíblia .

Na visão do Psicanalista Márcio Rocha Damasceno este jovem sofria com um grande problema em relação a realidade e que tal fato pode ser determinado com o que se chama de psicose onde o que ele sente ou pensa não condiz com a realidade, aparecendo aí delírios e alucinações, achar que é perseguido por alguém, sentir cheiros ou gostos de forma que não existam,mas só é possivel realizar um diagnóstico preciso quando percebe-se esses tipos de reações esquisitas que a pessoa sofre. Ele ainda afirma que é possivel perceber nos videos e escritos encontrados essas reações , nos quais a fala é morosa ou seja, lenta, sem conteúdo afetivo, isolamento social e familiar; no qual pode-se também desenvolver  o que ele chama de uma sintomatologia perversa, com desvio de personalidade presentes incentivando ainda mais as atitudes de um assassino.
A origem desse comportamento pode se exemplificar pelo fato desse jovem ter vivido traumas infantis como o bullying; ter integrado em uma relação familiar um tanto que desestruturada principalmente com a morte da mãe adotiva, que agravou ainda mais o caso, deixando-o desamparado; a falta de tratamento adequado e outros inúmeros acontecimentos.
No caso de Wellington, tudo leva a crer que ele se tornou um solitário psicótico, sem família ou alguém que pudesse auxiliar, levou à situação limite, deixando seu lado mais animal aflorar e, diante da ferocidade de seu delírio, pôs fim à sua existência, incapaz de compreender o que estava acontecendo, ou melhor, incapaz de discernir a realidade do delírio desenvolvido.

Mais uma vez a história é marcada pelo poder da mente psicotica , e que talvez caso tivesse havido um tratamento adequado não teria acontecido tamanha atrocidade . E que esse caso deixa a todos a máxima:
As doenças psíquicas merecem atenção como qualquer outra doença.


Um comentário:

  1. Matéria muito bem escrita, demonstra o quão necessário é a psicoanalise, e o como ela poderia ser utilizada não só para ajudar uma pessoa em específico, mas também para salvar vidas.

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